Outros Testes de HS Disponíveis no Brasil

Teste de Habilidades Sociais para Crianças e Adolescentes em Situação Escolar (THAS-C)

Instrumento de autorrelato (Bartholomeu, Silva, & Montiel, 2014), com 23 itens pontuados em escala Likert (Nunca=1, Às vezes=2 e Sempre=3) de frequência com que a criança se comporta da forma descrita nos itens. Alguns itens são pontuados de forma inversa, já que a conduta socialmente hábil está definida no oposto do que a frase propõe. O instrumento produz uma estrutura de três fatores que explicaram 34,17%de variância: (F1, α=0,87), Civilidade e Altruísmo; (F2, α=0,84), Desenvoltura e autocontrole na interação social; (F3, α=0,60), Assertividade com enfrentamento. Foram efetuados estudos de análise confirmatória e de Rash com evidências favoráveis ao instrumento.

Roteiro de Entrevista de Habilidades Sociais Educativas Parentais (RE-HSE-P)

Contém 25 itens de comportamentos sociais adequados, respondidos por pais (Bolsoni-Silva, Marturano & Loureiro, 2011). Cada item é apresentado sob a forma de pergunta (por exemplo, Faz pedidos?) com três alternativas de resposta (Não se aplica; Se aplica um pouco; Certamente se aplica). Indicadores psicométricos foram obtidos junto a amostras de crianças com e sem queixas de problemas de comportamento. Os estudos mostraram consistência interna para a escala global (α=0,82), validade discriminante e concorrente.

Questionário de Avaliação de Habilidades Sociais, Comportamentos e Contextos para Universitários (QHC-Universitários)

É um instrumento para estudantes universitários (Bolsoni-Silva, & Loureiro, 2017), composto por questões referentes à forma e frequência com que os alunos se comportam em relação a seus pais, amigos, namorado(a), companheiros de moradia e público desconhecido. As questões estão organizadas em duas partes. A Parte 1 que contém 19 questões de frequência, avaliando três fatores: Comunicação e Afeto; Enfrentamento e Falar em Público, cujo alfa total foi de 0,792. Já a Parte 2 é composta por 217 opções de respostas quanto à qualidade de interações sociais que avaliam diferentes habilidades sociais aplicadas em diversos contextos de interação, incluindo pais, irmãos, colegas, amigos e namorados, solicitando a descrição de consequências que o estudante considera obter nas interações sociais, bem como seus sentimentos relacionados. A Parte 2 produz dois fatores: Potencialidades interpessoais e Dificuldades interpessoais, sendo o alfa total de 0,933. Tanto a Parte 1 quanto a Parte 2 apresentam consistência satisfatória (α=0,657), validade discriminante nos indicadores de ansiedade e depressão e validade concorrente com o IHS-Del Prette (Del Prette & Del Prette, 2001).

Roteiro de Habilidades Sociais Educativas para Professores (RE-HSE-Pr)

Entrevista que avalia a interação professor-aluno, elaborada de forma similar ao RE–HSE-P (Bolsoni-Silva, Marturano, & Loureiro, 2016). Conta com 9 perguntas guia e 80 itens que são organizados em três grandes categorias: Comunicação, Afeto e Limites. Tais itens são codificados em Habilidades sociais educativas (HSE-Pr), Práticas negativas (PR NEG), Contexto (CON), Problemas de comportamento (PROBL) e Habilidades sociais (HS) que também possuem duas subescalas: Total Positivo e Total Negativo. Discrimina criança com e sem problemas de comportamento, meninos de meninas e pré-escolares de escolares, com consistência interna total de α=0,66.

Inventário de Comportamentos para Criança e Adolescentes (CBCL/6-18)

Produzido nos Estados Unidos (Child Behavior Checklist ou CBCL, Achenbach & Rescorla, 2001), é parte de um sistema de avaliação de crianças e adolescentes (6 a 18 anos), feita pelos pais (há uma versão para professores, Teacher’s Report Form ou TRF, Achenbach & Rescorla, 2001), com 120 itens e três opções de resposta: (0) “não é verdadeira”, (1) “um pouco verdadeira ou às vezes verdadeira” e (2) “muito verdadeira ou frequentemente verdadeira”. Os itens do CBCL são agrupados em duas grandes áreas: (a) Escala Total de Competências, incluindo Competência em Atividades (atividades preferidas), Competência Social (padrões de interação social) e Competência Escolar (competências e desempenho acadêmico); b) Problemas de Comportamento, agrupados em oito escalas-síndromes, que são reagrupadas em três escalas: Escalas Internalização (EI): Ansiedade/Depressão, Retraimento/Depressão, Queixas Somáticas; Escala de Externalização (EE): Problemas de Sociabilidade, Problemas de Atenção, Problemas com o Pensamento e Escala Total de Problemas de Comportamento (ET): Comportamento de Quebrar Regras e Comportamento Agressivo. A apuração é informatizada e contempla normas transculturais de referência. O primeiro estudo de validação feito no Brasil (Bordin, Mari & Caeiro, 1995) com 49 crianças de quatro e 12 anos, comparou os resultados do CBCL com um ou mais diagnósticos psiquiátricos segundo critérios da 10a edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), revelando a sensibilidade do instrumento para identificação correta. Estudos posteriores confirmou a validade convergente do CBCL com o K-SADS-PL (Brasil & Bordin, 2010) e indicaram consistência interna para a Escala Total de Problemas de Comportamento: 0,95, em crianças encaminhadas e não encaminhadas para serviços de saúde mental (Rocha et al., 2013) bem como confirmação da estrutura fatorial e capacidade discriminativa das escalas (Rocha et al., 2013).

Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal (EMTI)

Instrumento lápis-papel, com 21 itens que avalia preocupação com outras pessoas, em quatro subescalas: (1) Consideração Empática, contém componentes afetivos da empatia, a emoção e sentimentos alter-orientados; (2) Tomada de Perspectiva do Outro, adotar, espontaneamente, o ponto de vista psicológico do outro, antecipando seus comportamentos e reações; (3) Personal Distress experimentar ansiedade com relação ao infortúnio dos outros;(4) Fantasia, partilhar, imaginativamente, sentimentos percebidos em personagens fictícios. Na adaptação brasileira (Koller, Camino, & Ribeiro, 2001) junto a 320 adolescentes (de 14 a 16 anos de idade) de ambos os sexos apresentou consistência interna maior para a escala global (α =0,72) e para a primeira subescala (α =0,67).

Escala de Empatia para Crianças e Adolescentes (EECA)

Instrumento de autoavaliação, com 22 itens, que avalia aspectos ligados à aceitação das diferenças individuais e ao contágio emocional. Na mesma adaptação brasileira anterior (Koller, Camino, & Ribeiro, 2001), apresentou consistência global moderada (α=0,67) e correlação significativa com as Escalas do EMTI.

Escala Matson de Habilidades Sociais para Adolescentes (MESSY)

Produzida nos Estados Unidos (Matson Evaluation of Social Skills with Youngsters, Matson, Rotatori & Helsen, 1983), a MESSY avalia, com base em 62 questões, habilidades sociais e problemas de comportamento em adolescentes. Em cada item, o respondente pontua o quanto são verdadeiras, em uma escala de cinco pontos, afirmações sobre suas características. Na validação brasileira (Teodoro, Käppler, Rodrigues, Freitas e Haase, 2005), foram encontrados indicadores satisfatórios de propriedades psicométricas e uma estrutura de quatro fatores: (F1, α=0,87) Agressividade/Comportamento Antissocial; (F2, α=0,84) Habilidades Sociais/Assertividade; (F3, α=0,74) Vaidade/Arrogância; (f4, α=0,47) Solidão/Ansiedade Social.

Escala para Autoavaliação ao Falar em Público (SSPS)

Desenvolvida originalmente por Hofmann e DiBartolo (2000), considerando o falar em público como um dos medos mais prevalentes, tanto na população geral, como nos indivíduos com Transtorno de Ansiedade Social (TAS). É autoaplicável, composto por 10 itens pontuados em escala Likert de 0 a 5. com consistência total satisfatória (α=0,81) e duas subescalas de cinco itens cada: (Se1, α=0,64) Autoavaliação Positiva; (Se2, α=0.94) Autoavaliação Negativa, A SSPS foi adaptada para o Brasil (Osório, Crippa, & Loureiro, 2008a), demonstrando validade discriminativa para 88 casos versus 90 não-casos de TAS em relação à SCID-IV (N=178; p< 0,001). Os sujeitos com TAS apresentaram maior avaliação negativa de si e menor avaliação positiva em relação aos não-casos, em concordância com o aporte teórico do instrumento.

Inventário de Empatia (IE)

Instrumento com 40 afirmações para as quais o respondente estima a frequência com que a ele se aplicam, em uma escala tipo Likert que varia de 1 (nunca) a 5 (sempre). A análise fatorial (Falcone e cols., 2008) produziu quatro subescalas: (1) Tomada de Perspectiva (α=0,85), que avalia a motivação e capacidade para compreender a perspectiva e os sentimentos da outra pessoa; (2) Flexibilidade Interpessoal (α=0,78), identifica capacidade para entender e aceitar pontos de vistas muito diferentes; (3) Altruísmo (α=0,75), que avalia a capacidade para sacrificar temporariamente as próprias necessidades em benefício das necessidades da pessoa-alvo; (4) Sensibilidade Afetiva (α=0,72), que focaliza sentimentos de compaixão e de interesse pelo estado emocional da outra pessoa. As normas preliminares foram obtidas em amostra de 713 estudantes universitários.

Questionário de Respostas Socialmente Habilidosas (QRSH) Professores

Contém 25 itens respondidos por professores (Bolsoni-Silva, Loureiro & Marturano, 2009), em resposta a perguntas (por exemplo, Faz pedidos?) sobre comportamentos sociais adequados da criança, com três alternativas de resposta (Não se aplica; Se aplica um pouco; Certamente se aplica). Indicadores psicométricos foram obtidos junto a amostras de crianças com e sem queixas de problemas de comportamento, produzindo uma estrutura de três fatores: (F1, α=0,93) Sociabilidade e Expressividade Emocional; (F2, α=0,93) Iniciativa Social; (F3, α=0,73) Busca de Suporte. Os estudos mostraram resultados favoráveis em termos de consistência interna, validade discriminante, concorrente e preditiva.

Inventário de Estilos de Enamoramento (IEE)

Instrumento de autorrelato com 26 itens, validado em amostra de 303 pessoas de ambos os sexos, de 18 e 30 anos (Gomes, Benevides, Mourão, & Hernandez. (2016), produzindo uma estrutura de dois fatores: (F1, α=0,85) Estilo Sutil de Enamoramento (ESE) e (F2: α=0,87) Estilo Direto de Enamoramento (EDE) e validade convergente com o IHS-Del-Prette.

Inventário de Habilidades Sociais para Cuidadores Familiares de Idosos (IHS-CI)

Avalia as habilidades sociais que o cuidador familiar precisa apresentar para interagir de forma socialmente competente com: (a) o idoso cuidado, (b) outros familiares ou amigos envolvidos na situação de cuidado e (c) profissionais da área de saúde que assistem o idoso. Contém 24 itens, para os quais os cuidadores devem indicar a frequência com que apresentam o comportamento descrito em cada item (nunca, de vez em quando, muitas vezes ou sempre). Estudo com 205 cuidadores de idosos familiares produziu uma estrutura de três fatores: (F1, α=0,87) Expressividade afetiva; (F2, α=0,79) Comunicação assertiva (α=0,60); (F3, α= 0,60) Busca por Formação/Informação. Mostrou também relação com variáveis externas, apontando validade convergente, discriminante, e associação com construtos relacionados (Queluz, Barham, Del Prette, Fontaine, Olaz, 2017; Queluz, Barham, Del Prette, & Santos, 2018), correlacionando-se positivamente com qualidade de vida e interação positiva cuidador-idoso e negativamente com depressão e sobrecarga (Queluz et al., 2018).

Questionário de Ansiedade Social para Adultos (CASO)

Originalmente produzido por Caballo & cols. (2010), compõe-se de 30 itens que avaliam, em escala Likert de sete pontos (0=nenhum até 6=muitíssimo), sintomas do Transtorno de Ansiedade Social (TAS)/Fobia Social, como mal-estar, tensão ou nervosismo em diferentes situações sociais. Na adaptação brasileira com amostra de 18 a 63 anos (Wagner, Moraes, Oliveira e Oliveira, 2017) evidenciou consistência interna altamente satisfatória (α=0,93) e uma estrutura de cinco fatores: (F1, α=0,87) Falar em público / interação com pessoas em posição de autoridade; (F2, α=0,85) Interação com o sexo oposto; (F3, α=0,80) Interação com pessoas desconhecidas; (F4, α=0,78) Expressão assertiva de incômodo, desagrado ou raiva; (F5, α=0,77) Ficar em evidência ou fazer papel de ridículo.

Escala de coping para situações sociais acadêmicas interpessoais difíceis (ECSSAID)

Instrumento de autoavaliação de estratégias de enfrentamento para situações interpessoais consideradas difíceis no contexto universitário brasileiro (Soares & cols., 2018). Testada junto a 1366 universitários, de 17 a 39 anos, reteve 26 itens com quatro fatores: F1 (α=0.73), focado na emoção; focado no suporte social (α=0.81), focado na religião (α=0.83) e focado no problema (α=0.70).

Escalas Multidimensionais de Expressão Social Parte Motora (EMES-M)

Versão original desenvolvida por Caballo (2003) e adaptada ao Brasil (Pereira, Dutra-Thomé & Koller, 2018), que avalia as habilidades sociais em adultos. Originalmente composta por 64 itens e 12 fatores, na validação brasileira com 925 indivíduos de ambos os sexos, de 18 a 35 anos, apresentou boas propriedades psicométricas, retendo 56 itens, produzindo um escore geral e oito escores fatoriais: (F1, α=0,883) Iniciar e manter conversações; (F2, α=0,740) Dizer não; (F3, α=0,718) Ser elogiado; (F4, α=0,829)) Falar em público; (F5, α=0,831) Expressar afeto positivo; (F6, α=0,724) Expressar afeto negativo; (F7, α=0,738) Expressar desacordo/opiniões contrárias ; (F8, α=0,712) Defender direitos.

Questionário de Respostas Socialmente Habilidosas (QRSH) Pais

Contém 25 itens de comportamentos sociais adequados, respondidos por pais (Bolsoni-Silva, Marturano & Loureiro, 2011). Cada item é apresentado sob a forma de pergunta (por exemplo, Faz pedidos?) com três alternativas de resposta (Não se aplica; Se aplica um pouco; Certamente se aplica). Indicadores psicométricos foram obtidos junto a amostras de crianças com e sem queixas de problemas de comportamento. Os estudos mostraram consistência interna para a escala global (α=0,82), validade discriminante e concorrente.

Bolsoni-Silva, A. T., Marturano, E. A. & Loureiro, S. R. (2011). Estudos de Confiabilidade e Validade do Questionário de Respostas Socialmente Habilidosas Versão para Pais – QRSH-Pais. Psicologia: Reflexão e Crítica, 24 (2), 1-9.

Inventário de comportamento sociais acadêmicos (ICSA)

Instrumento de autoavaliação com 34 itens de comportamentos sociais acadêmicos de estudantes universitários (Soares, Mourão, & Mello, 2011) Testado em amostra de 559 estudantes, produziu 6 fatores: (F1, α=0,81) Comportamento adequado em sala de aula (α=0,73), Comportamento indisciplinado em sala de aula (); Cordialidade no relacionamento interpessoal (α=0,77); (F3) Desrespeito a professores e colegas (α=0,59); (F4) Auto exposição e assertividade (α=0,66); (F5) Comportamento em eficácia acadêmica (α=0,60).

Inventário de Autoavaliação para Jovens (YSR)

Originalmente produzida por Achenbach e Rescorla (2001), o Youth Self-Report foi validado para o Brasil por Rocha (2012). Focaliza alguns itens pertinentes à competência social e a maior parte dele é dedicada a problemas de comportamento. A primeira parte avalia competências variadas (prática de esportes, atividades extraescolares, relacionamento com amigos e desempenho acadêmico); a segunda parte contém 105 itens de problemas de comportamento e 14 de comportamentos socialmente desejáveis, não necessariamente habilidades sociais. O YSR fornece um perfil do adolescente nas escalas de Atividades, Social e Desempenho Acadêmico, cuja soma produz a Escala de Competências e em 08 escalas de problemas de comportamento (Isolamento/Depressão, Ansiedade/Depressão, Queixas Somáticas, Problemas Sociais, Problemas de Atenção, Problemas de Pensamento, Comportamento de Quebrar Regras e Comportamento Agressivo) que são reagrupadas na Escala de Internalização (EI), Escala de Externalização (EE) e Escala Total de Problemas de Comportamento (ET). Estudo de Rocha (2012) mostrou alta consistência da versão brasileira do YSR (α=0,92 para adolescentes não encaminhados a serviços de saúde mental e α=0,95 para encaminhados) e confirmação do modelo fatorial (RMSEA=0,032).

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